Todos os estilos de música passam por modas. Há alturas em que são o som dominante, monopolizando as antenas de rádio e Tv. Noutras alturas são tão populares que até nos arriscamos a levar na tromba só por dizermos que gostamos. De todos eles o único que consegue sobreviver com uma constante e populosa massa de apoio é o Heavy Metal. Todas as gerações têm metaleiros e admiradores menos fervorosos. O que é facto é que se mantém sempre vivo. Contra tudo e contra todos.
O Heavy Metal, e todos os seus derivados, consegue tocar em certos pontos nevrálgicos onde mais nenhum som nos consegue atingir. Isto é bem mais perceptível em nós homens. Deve provocar alguma reacção química com a testosterona que nos invade os corpos. Seja lá qual for a razão, o que é facto é a grande bojarda que dá. Que de nenhuma outra forma se consegue sentir.
Há algo de avassalador naquela descarga de sons. Uma vontade imensa de escavacar tudo aquilo que mexe. O toque de marcha para saltar de dentro de uma trincheira sem nos preocuparmos se sairemos vivos daquela batalha. O equivalente em descarregar uma metralhadora enquanto uma bateria de obuses nos acompanha pela nossa marcha até à morte certa.
Quem ler isto, deve pensar que daqui só poderia surgir caos, violência e pancadaria de meia-noite. Curiosamente é o oposto que ocorre. Um respeito enorme pelo próximo, uma sensação fortíssima de alegria e um espírito de grupo que em mais nenhum estilo musical se nota. O que tem o Metal de tão único para nos provocar isto? A mais forte de todas as sensações de libertação e contentamento que se pode ter a ouvir música.
Quem não entende isto recomendo a experiência. Vão ver que nunca na vida sentiram algo parecido. E se duvidas têm, tivessem estado comigo sábado passado. A prova viva de como um grupo se pode divertir à grande com a bela e positiva atitude de declarar guerra aberta em todas as frentes. É hora do ajuste de contas com a morte, deus e quem quer que se atreva a aparecer-nos à frente. Pois com esta banda sonora enfrentaremos a Vida com um sorriso nos lábios.
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E viva o ás de espadas...