Eu, eu serei rei. E tu, tu serás rainha. E apesar de nada os poder afastar, nós podemos vencê-los, apenas por um dia. Nós podemos ser heróis, apenas por um dia.

E tu, tu podes ser má. E eu, eu bebo a toda a hora. Porque somos amantes, e isso é um facto. Sim, somos amantes, e isso é isso. Apesar de nada nos manter juntos. Nós podemos roubar o tempo, apenas por um dia. Nós podemos ser heróis, para todo o sempre. O que me dizes?

Como eu gostava de saber nadar. Como os golfinhos, como os golfinhos sabem nadar. Apesar de nada, nada nos manterá juntos. Nós podemos vencê-los. Para todo o sempre. Nós podemos ser heróis, por um dia apenas. Eu, eu serei rei. E tu, tu serás rainha. Apesar de nada os poder afastar. Nós podemos ser heróis, apenas por um dia. Nós podemos ser nós, apenas por um dia.

Eu, eu consigo lembrar-me. De pé, ao pé do muro. E as armas, disparadas sobre as nossas cabeças. E nós beijámo-nos, como se nada pudesse cair. E a vergonha estava do outro lado. Nós podemos vencê-los para todo o sempre. E depois podemos ser heróis, apenas por um dia. Nós podemos ser heróis. Nós podemos ser heróis. Nós podemos ser heróis. Apenas por um dia. Nós podemos ser heróis.

Não somos nada, e nada nos poderá ajudar. Talvez estejamos a mentir, é melhor não dizeres. Mas podemos ficar seguros, apenas por um dia.



Já reparam como, traduzindo, passando de poesia a prosa e retirando a música, tudo ganha uma dimensão diferente?

Como já vos tinha referido anteriormente, a era do audiovisual chegou a este espaço. Para além de me poderem ver no meu canal do Youtube, podem também aceder ao concurso caça ao cómico da Sapo onde estou presente. Prometo para breve mais vídeos com material novo. Até lá podem-me sempre encontrar por aqui.

Beijinhos & Abraços


Por muito clichê que possa parecer, Casablanca é o meu filme favorito. Sei que pareço um papagaio a dizer isto mas para ser muito sincero não podia dar outra resposta. Aposto que ficaria bem melhor considerar como o melhor filme de todos os tempos qualquer obra do François Truffaut ou qualquer outra coisa vinda do norte da Europa com um nome impronunciável e que ninguém alguma vez tivesse visto. Mas não dá. Adoro o Casablanca, o que é que querem que eu vos faça?

Pensei em que escrever um texto sobre o tema mas não dava. Sairia algo profundamente enfadonho com mais caracteres que a lista telefónica da linha de Sintra. Em vez disso decidi fazer uma meia-duzia. Sobre o filme e as partes que mais me marcaram. Até porque essa é uma das grandes características do filme. O facto de ser tão completo.

Se pudesse escolher apenas um filme provavelmente ficaria indeciso entre este, o Goodfellas, O Padrinho e Aventuras Anais 12. No entanto, a decisão final iria sempre cair sobre o clássico da Segunda Guerra Mundial. E porquê? Aquilo que Casablanca tem de extraordinário é o facto de ser tão completo. É o único filme que tem tudo e em muito bom. Comédia, acção, suspense, drama, sentido histórico e o inevitável romance, estão vivos e presentes nesta obra. É de tal maneira completo que me prende sempre do princípio ao fim.

Devido a tudo isto é-me muito dificil escolher algum momento em especial. Embora os haja e em grande quantidade referi aqui apenas alguns. Sei que muito irá ficar por falar mas para isso nada melhor que verem o filme e tirarem as vossas próprias conclusões.

Casablanca é provavelmente o filme com mais citações conhecidas que existe. O mais curioso é que a mais emblemática de todas elas nunca foi dita. Esclareçamos de vez tal situação. Nunca no filme é dito “Play it again Sam”. Nunca mas nunca. A mais famosa citação da história do cinema pura e simplesmente não existe. Aquilo que é dito pela Ingrid Bergman é apenas “Play it once, Sam. Play it for old times sake.”. Ao que Sam responde fazendo-se de desentendido. Ela volta-lhe a pedir mas sem nunca dizer a famosa frase. O que ela diz da segunda vez é “Play it Sam. Play “As Time Goes By”.” Ao que ele “Ah e tal não me lembro, eu agora ando mais na onda da Daniela Mercury e da Ivete Sangalo. É mais animado e as pessoas reagem melhor. Isso e o José Cid que agora sempre que vêem alguém a tocar piano pedem logo aquela da Cabana…”. Ilsa interrompe-o e começa, já meio bêbeda com uma mama de fora, a cantarolar, de castanholas na mão e a desafinar perdidamente, a música para ver se ele toca. Até que finalmente Sam cede e começa a cantar o clássico “As Time Goes By”. De repente chega o Humphrey Bogart e começa aos berros “Oh meu preto do caralho! Eu não te disse já para nunca mais voltares a tocar essa merda? Vê lá se não queres ir para o olho da rua? Olha que o que não falta em Rio de Mouro é macacos como tu que a troco meia-duzia de euros e um contracto de trabalho ficam aqui a noite toda a tocar música de elevador para dar ambiente. Vamos lá mas é a ver se te atinas…”. E de repente olha para Ilsa, fica em choque. Sam dá de frosques para não levar nos cornos e o filme lá contínua. Sei que é mais ou menos isto, posso-me ter enganado numa parte ou outra do diálogo mas sei que anda à volta disso. Seja como for, o que interessa é que nunca é dito “Play it again Sam.”.

Como é que é possível então que a mais famosa citação da história do cinema não passe, no fundo, de uma mentira repetida à exaustão e que nunca tenha acontecido. Curioso não? Acreditar em algo apenas porque nos foi dito vale aquilo que vale. E tal como este exemplo há n situações na vida em que o mesmo se repete. Aquilo que tomamos como verdade é por vezes apenas mais uma alucinação colectiva. Mantém a consciência sempre alerta que tudo pode ser questionável.

O filme tem uma fortíssima referência a Portugal. Mais propriamente Lisboa. Como a única saída possível para todos os refugiados. Este pormenor parece ter escapado ao lado em todos os nossos livros de História. O que é um facto é que as coisas foram como foram. Por muito que muitos o tentem negar. Investiguem o assunto e nunca se esqueçam de pensar sempre pela vossa própria cabeça. Questionem tudo.

Um dos momentos mais emotivos de todo o filme ocorre quando é cantada "A Marselhesa". O hino francês ganha aqui toda uma nova dimensão. Ao invés de um sangrento apelo ao patriotismo francófono, surge aqui como a expressão máxima da liberdade. Aposto que não é por mero acaso que os Beatles colocaram “A Marselhesa” no início de “All You Need Is Love”. Não me parece que tenha sido por associarem amor a baguetes e a quadros do Toulouse Lautrec.

A cena é a seguinte. Passa-se no Rick’s Café Americáin, onde um grupo de oficias alemães começa a cantar um hino militar. Revoltado com a situação, Victor Laszlo pede à banda residente para tocar “A Marselhesa” de modo a abafar os germânicos. Os músicos, após a aprovação de Bogart, dão azo ao pedido. Aos que se juntam todos os clientes do estabelecimento numa intensidade que faria corar um estádio de futebol.

Este é dos momentos mais poderosos de todo o filme. A luta entre a tirania a liberdade assume a forma de uma desgarrada que é arrepiante. O facto de se cantar o hino de uma nação ocupada numa terra de ninguém exalta o sentimento de liberdade presente em cada homem.

Nota: Este excerto tem no fim a brilhante cena do encerramento do bar que vos falo mais abaixo.


Mas que grande personagem. Claude Reins dá vida a um extraordinário policia francês colocado em Marrocos. Ao contrário da figura austera que seria de esperar de uma chefia militar, este bem-disposto gendarme é o comic-relief do filme. Se pensarmos bem outra coisa não seria de esperar numa cidade em que a legalidade e a ordem adquirem um contorno muito especial. Logo, seria preciso um polícia bem especial para (des)ordenar tudo isto.

A genial cena em que ele manda encerrar o bar, a pedido da polícia secreta, revela bem tudo isso. Quando Rick lhe pergunta o porquê do encerramento ele saca da esfarrapada desculpa de que havia jogo naquele estabelecimento. Tudo isto ao mesmo tempo que um empregado lhe vem dar os seus ganhos à roleta. Roleta essa onde se jogavam mais que fichas.

Ele é um filha da puta da pior espécie. É corrupto, lambe-botas, falso, convencido, sem qualquer consideração pela vida humana. No entanto é das personagens que mais gostamos em todo o filme. O seu sentido de humor e permanente sacanice fazem com que se torne aquele traquinas que só faz merda mas que nós gostamos à mesma. Quando Bogie lhe aponta uma pistola ao coração ele apenas diz com um sorriso nos lábios, como quem não sente qualquer espécie de perigo, que aquele é o seu ponto menos vulnerável. E não esquecer que no fim ele safa a vida ao Bogart. Só por isso merece todas as desculpas.


Como é obvio falar do Casablanca e não falar de amor seria como falar num filme do Chuck Norris e não referir valentes cargas de porrada. Aqui estamos perante um amor eterno, que apesar de todas as contrariedades da vida se mantém vivo. Mesmo que eles não estejam ou fiquem juntos. Mesmo nesses momentos, Rick lembra a Ilsa que “Teremos sempre Paris”. Uma alusão ao momento em que se conheceram e se apaixonaram. Uma recordação sempre presente onde Rick se lembra vivamente de todos os pormenores “Os alemães vinham de cinzento, tu vestias de azul.”.

A memorável despedida deles. Em que em benefício do futuro de cada um, Rick vê partir o amor da sua vida e ainda por cima com outro gajo. Que dia fodido, terá pensado ele. Mas um homem tem de fazer o que um homem tem de fazer. O mais altruísta de todos os gestos é tomado. Ele arrisca a sua vida para a salvar. Até mata o alemão e tudo. E olhem que isso podia-lhe ter dado cabo da vida. Se não fosse o capitão Renault estava bem desgraçadinho estava.

Deixei para o fim a minha cena favorita de todo o filme. Aquela em que Rick afoga as mágoas após ter voltado a ver e falar com Ilsa. Ali, no escuro do seu bar, acompanhado apenas por Sam, uma garrafa e uma cadela do tamanho de um São Bernardo. Enquanto afoga as mágoas, tem um frase memorável. "Of all the gin joints in all the towns in all the world, she walks into mine.". Como um fantasma que o persegue eternamente também Ilsa volta a cair no seu caminho.

Será que isso existe mesmo? Amores que são eternos? Que por muitas voltas que a vida dê nunca nos esquecemos de uma certa pessoa? Que sempre que a voltamos a encontrar que o mundo pára e algo de mágico e inexplicável acontece? Deixo a resposta nas vossas mãos e acima de tudo no segredo dos vossos corações.

Finalmente. Após uma imensidão de revezes que daria argumento para uma telenovela venezuelana, consegui começar uma nova fase. Agora estou em vídeo. A cores e tudo. Não irei abandonar a escrita. Irei sim conciliar os dois mundos. Provavelmente a parte vídeo ficará mais direccionada para o humor e a escrita para algo com uma profundidade do caralho. Ou se calhar não. Mas isso a seu tempo se verá.

Numa fase inicial irei basear-me em textos que já apresentei aqui no blog. Claro que agora de uma forma diferente. A seu tempo terei material novo. Para darem uma vista de olhos podem visitar o meu canal homónimo no youtube ou então clicar naquele botão lá em cima que diz vídeos.

Espero que gostem. Beijinhos & Abraços

Decerto que muitos vocês já viram imagens ou vídeos de pessoas a andarem sobre brasas. É um acto que aparenta ser sobrenatural. Muitos atribuem tal feito a uma profunda convicção, ao poder da mente ou a crenças religiosas. Curiosamente a explicação é bem mais simples e científica. É a mesma coisa quando temos um bolo no forno e nos queimamos ao mínimo toque na forma e apenas sentimos um calor intenso se tocarmos na massa. Tem a ver com a condutividade dos materiais ao calor. Pura e simplesmente física.

Logo, qualquer pessoa, independentemente de ter feito doze horas de meditação transcendental ou acreditar piamente num qualquer Deus de aspecto mais ou menos duvidoso ou em padres franciscanos com maus cortes de cabelo compensados por uma imponente auréola, pode andar sobre brasas que não se queima.

Desde que seja relativamente rápido, é evidente. Se alguém se lembrar de ir para um braseiro dormir a sesta só porque é Janeiro e ali está bem mais quentinho o mais provável é que fique todo fodido. E é bem feito. Que é para não se armar em parvo e por acreditar literalmente em tudo aquilo que os outros lhe dizem.

Aí bem que pode rezar aos santinhos todos ou saber de cor todas as teorias cientificas sobre termodinâmica. Quando puxar um monte de brasas a servir de almofada para encostar a cabecinha e sentir dores que nem as de parto, então aí vai perceber uma coisa. Nunca devemos ser fundamentalistas de nada. E antes de tomarmos qualquer decisão, apesar de todos os concelhos que possamos ter ouvido, faz sempre bem usarmos a nossa cabeça. Não para sofrer queimaduras de terceiro grau mas para pensar por nós próprios.


Eu já nem peço desculpa pela repetição de temas. Por mim passava o blog todo a falar de música. Mas não. Volta e meia dá-me para andar para aqui a dizer merda ou a dissertar sobre o sentido da vida. O que é que se há-de fazer? Mas voltemos à música.

Amorphous Androgynous é um projecto paralelo dos Future Sound Of London. A dupla de Dj’s inglesa deixa de lado os sons ambientes electrónicos, pega numa série de instrumentos, convida montes de músicos, encharcam-se em ácidos e depois sai isto. Quando disse projecto paralelo podia muito bem ter dito universo paralelo. Ficava muito mais preciso. Pois este mundo para que eles nos transportam tem mais a ver com o País das Maravilhas de Alice do que propriamente por algo que tomemos por realidade. E isso torna tudo bem mais interessante.

Esta sugestão é fundamentalmente para quem gosta de música psicadélica. Embora a abrangência de sons aqui seja tão grande que qualquer pessoa vai encontrar algo que goste. Desde que esteja com uma grande broa claro. Alucinogénicos à parte. O que interessa mesmo é que estamos na presença de artistas que fizeram música que está ao nível de qualquer obra-prima do género feita nos anos sessenta ou em qualquer outro cenário espácio-temporal.

Com quatro álbuns já no bucho, destaco The Isness (de 2002) e Alice In Ultraland (de 2005). De referir ainda a extraordinária compilação A Monstrous Psychedelic Bubble (de 2008). Um trabalho notável onde criaram um álbum de remisturas dos mais variados artistas do género e deram luz, lá está, a uma imensa bolha psicadélica.

Como tal desfrutem. Tomem duas doses de acido, uma barra de mescalina e um risoto de cogumelos psicadélicos para ensopar. E vão com a Alice atrás do coelho até a um mundo que nunca imaginaram poder existir. Ou então façam-no sóbrio. Vão ver que é bem mais interessante. Boa viagem.

A ideia de que o Inverno seja um local parecido com o interior de um vulcão misturado com o programa do Goucha e uma repartição de finanças é para mim um perfeito disparate. Não a parte dos talk-shows matinais e dos guichets públicos mas a parte do calor. Para mim, a existir Inferno, seria um interminável Outono.

Esta é a época mais deprimente do ano. O Outono representa a morte, a queda das folhas e o fim do Verão, o encerrar da vida e da alegria em geral. E não é do frio. O Inverno é bem mais agreste e não apresenta estas características. Nessa altura temos outras razões para nos dar esperança. O Natal, o reveillon e a entrada do novo ano. A promessa de uma nova era que estará para chegar. E ao menos aí já estamos a habituados aos dias curtos, à falta de luz, à chuva, o frio e a andar vestido tipo o boneco da Michelin, sem nos podermos mexer sem parecer que temos obesidade mórbida de tanta roupa que carregamos ao longo do corpo.

Agora no Outono não. Por muitos anos que passem nunca nos conseguimos habituar a isto. É sempre deprimente e é sempre uma merda. E como esperar pelo futuro em nada resolve o presente (muito antes pelo contrário) o melhor mesmo é conformarmo-nos. Aceitar esta inevitável situação e darmos graças por não viver num país nórdico onde é Outono todo o ano.

Como tal, há que ver as coisas boas que esta época tem. Agora sinceramente não me ocorre nada mas decerto que existem. Como tudo na vida, tudo tem um lado bom e lado mau. E os ciclos fazem parte disso mesmo. Há alturas em que estamos nos píncaros da felicidade e alturas em que batemos no fundo do poço. O importante é aceitarmos isso e fazermos o que podemos para mudar o actual estado de coisas. Como mudar o tempo ainda está um pouco longe das nossas habilitações mais vale relaxarmos e ficarmos com a consciência tranquila de que fizemos tudo aquilo que podíamos da melhor forma que sabemos e desfrutar do momento.

Um feliz Outono para todos.

Era para voltar a este assunto mais tarde mas não resisti. Esta banda é daquelas que não consigo perceber como é que não deram o salto para a primeira divisão. Com uma projecção já bem jeitosinha nos States não passam aí de uma banda alternativa como tantas outras. O que é uma pena porque acho que por estes lados há talento a transbordar.

Com um homónimo álbum de estreia, que passou ao lado de toda a gente inclusive da crítica, marcaram posição. Álbum esse, que considero uma das grandes pérolas da última década. Editaram este ano o segundo, de nome Armistice. Ainda terão de certo muito mais para oferecer. Se não acreditam em mim vejam esta notável actuação do defunto programa do sempre vivo Conan O’Brien. Como é possível ficar indiferente a uma coisa destas?


Ora aqui está um belo tópico que espero desenvolver em futuras ocasiões. Até porque vale a pena. Numa era em que se ouve sempre a mesmíssima coisa e parece que nada de novo é criado, parece-me indispensável referir certos projectos que passam ao lado da corrente principal.

Para inaugurar este espaço nada melhor que estes cavalheiros. Os Dear Hunter são provavelmente a melhor banda que ninguém conhece dos últimos dez anos. Este projecto é fundamentalmente a obra de um homem só, Casey Crescenzo. Que através da preciosa ajuda de outros músicos dá nome e corpo a tudo isto. E o que é tudo isto perguntarão vocês? Isto é um projecto que tem como ideia criar seis álbuns, cada um dedicado a uma etapa na vida de uma pessoa. Começada há cerca de três anos, esta obra em seis actos vai neste momento no volume três.

Não é fácil de definir o som desta banda norte-americana. Digamos que cinematográfico é o adjectivo que mais me vem à mente. Mas classificações à parte o melhor mesmo é julgarem por vocês próprios. Daí que recomendo vivamente que “arranjem” os álbuns pois é ouvindo cada um destes seis actos na íntegra a melhor forma de se apreciar este notável trabalho.

Escrever o guião para um filme porno é o sonho de qualquer argumentista. É o expoente máximo da literatura representada. É ter a capacidade de, em tão poucas palavras e diálogos, transmitir todas as emoções inerentes à obra. De expor textualmente os sentimentos à flor da pele. Muitas vezes, especialmente no fim de cada cena, expor literalmente em cima da pele.

É verbalizar todo o carinho e paixão que há numa valente queca. Referir a beleza inerente a ver uma menina a ser auxiliada por um pelotão dos bombeiros. Descrever a intimidade que catorze pessoas têm umas com as outras ao mesmo tempo. Exaltar a devoção de alguém a outra pessoa na forma de um chuveirinho. Enfim. É um conjunto de coisas tão belas que se tornam difíceis transpor para palavras. Daí se tratar de uma tarefa imensa e de uma nobreza inquestionável.

Só criar um título apropriado é uma obra de arte por si mesma. Arte essa que nunca é valorizada. É necessário alguém de imenso talento para poder fazer títulos para filmes pornográficos. E o reconhecimento? Esse tarda em chegar. Se não concordam digam-me se é possível ficar indiferente a títulos como:

“Grávidas Loucas De Desejo”

“A Mão Que Embala O Pinto”

“Rasguem-me A Bilha Por Favor”

“Ok. Somos Vacas”

“Comer Bem Não Importa Quem”

“A Vara Do Padeiro.”

“Eu Sem Quem Vocês Comeram No Verão Passado”

“Chupa. Chupa Que Ele Cresce”

“A Tua Aguenta Com 5?”

“Arrebentada Por Todos Os Lados”

“15 Homens E Uma Boca”

“Ano Novo, Vacas Novas”

Devo referir que isto são títulos verdadeiros. E muito mais existem. Limitei-me a seleccionar aqueles que mais gostei da minha colecção de dvd’s originais. No entanto se tiverem conhecimento de mais alguma pérola agradeço que me digam. Pois é uma área que me suscita muito interesse e estamos sempre a aprender.

Obrigado pela frase Bob. Perder muito tempo a pensar sobre o que quer que seja é nada mais nada menos do que isso mesmo. Uma perca de tempo. Andar a matutar sobre uma coisa dias a fio é o garante que nunca se vai chegar a conclusão nenhuma.

Sempre que nos deparamos com uma situação que se apresenta mais inesperada ou fora do normal é típico começarmos a fazermos filmes na nossa cabeça. O que vai acontecer, como irei reagir e todas as questões a isso associadas. Recorrendo apenas à nossa imaginação construímos uma história daquilo que está para vir. Um forte e poderoso argumento que nos parece de tal maneira bem estruturado que uma nomeação para um Óscar é o mínimo que se podia exigir.

O que é mais curioso no meio disto tudo é que por muitos cenários que fabriquemos, e muitas opções que coloquemos, a vida surpreendo-nos sempre. Aquilo que acontece é sempre algo que não estávamos minimamente à espera.

No fundo, a nossa mente trabalha como um jogador de xadrez. Antecipando jogadas e antevendo uma reacção a todas as acções que possam vir a decorrer. Mas na realidade o jogo troca-nos as voltas. Mantendo a mesma analogia, é o mesmo que prevermos todas as movimentações possíveis de todas as peças no tabuleiro e aquilo que o adversário faz é aparecer a meio do jogo vestido a rigor para ir jogar badminton.

Daí ser tão importante confiar nos instintos não descurando a parte racional. Se se sente alguma coisa o melhor mesmo é agir em conformidade. Mas na altura. Até lá logo se vê.


Ao longo da vida é normal oscilarmos entre os mais variados estados de espírito. As razões são diversas e provenientes das mais díspares origens. Mas seja por aquilo que for, a forma como reagimos e encaramos a situação parte inteiramente de nós. Ao contrário daquilo que muitas vezes tentamos afirmar perante nós mesmos, uma situação só é difícil se a encararmos como tal. Da mesma forma, algo torna-se profundamente simples se assim o entendermos.

Ao contrário do que possa parecer não é situação que nos faz mas nós que fazemos a situação. A realidade não é mais que a nossa percepção da mesma. E como tal, será sempre a nossa abordagem que ditará tudo aquilo que vivemos.

Todos nós temos os chamados prazeres proibidos. Aquelas pequenas coisas que não queremos admitir que gostamos. Um esqueleto no armário que queremos manter secreto a todo o custo. Mais que manter secreto, queremos negar a sua existência. Dos outros e de nós próprios. O que torna tudo bem mais psicótico. É que mentir aos outros ainda vá que não vá. Toda a gente o faz, especialmente quem diz que não. Agora mentir a nós mesmos é doentio. É bem revelador da nossa insanidade mental. Mas faz parte. Se conhecem alguém que seja mentalmente são é porque é tudo menos isso.

Eu, tal como toda a gente, não fujo a tudo isto. E como tal, venho hoje, aqui por este meio, assumir o meu mais secreto pecado. Eu gosto da música do Phil Collins. Foda-se, até me doeu a escrever isto.

Aguardem um pouco que isto não está a ser fácil…

Deixem-me respirar fundo e ganhar coragem para continuar a escrever…

Já estou melhor…

Continuemos.

O Phil Collins representa tudo aquilo que abomino na indústria musical. O mais errado dos rumos que a música tomou no século passado. O símbolo comercial por excelência. O Rock N’ Roll como a banda sonora para hippies transformados em yuppies. O fim da rebeldia. O confortavelmente dormente que os Pink Floyd gritavam por detrás do muro. Mas apesar disto tudo não posso negar a quantidade de músicas que gosto deste banana. A minha reacção adversa é tão grande que não tenho um único álbum de tal figura. Recuso-me.

Claro que gosto do tempo em que o vocalista dos Genesis era o Peter Gabriel e o Phil Collins se limitava a tocar bateria. Mas isso é de gente culta e fixe. Dá um imenso ar de sofisticação dizer que se anda a ouvir os vinte e seis minutos de uma música chamada “A Sopa Está Pronta”(Supper’s Readdy). Ou que se admira profundamente The Lamb Lies Down On Broadway. Um álbum conceptual em que um miúdo nova-iorquino se transforma numa mosca num para-brisas de um carro e que embarca numa épica viagem em que lhe acontecem coisas tão lindas como ser castrado sem anestesia e onde é forçado a se juntar a uma colónia com outros eunucos que carregam os tomates ao pescoço em tubos de plástico. Tudo isto fica lindamente em eventos sociais. Agora dizer que se fica emocionado a ouvir o “Against All Odds” ou que não se consegue parar de abanar o corpo quando dá na rádio o “Sussidio” é de uma crómice alarmante.

Cair na estupidificação permanente é uma forma de estar na vida. E uma opção válida como outra qualquer. Não há que criticar. Apenas temos de respeitar quem opta pela via da estupidez. Cada um tem o direito de seguir livremente o seu caminho. E se isso implicar doses massivas de comportamentos ignóbeis e atitudes de uma parvoíce crónica, quem somos nós para contrariar?

O fundamental é que não nos chateiem. A mais nobre de todas as obras que um homem pode realizar. Na minha opinião, a realização de vida de uma pessoa é proporcional ao inverso da quantidade e qualidade de comportamentos inoportunos que infligiu nos outros que não o chatearam a si. Simplificando esta linguagem quase que matemática. Podemos dizer que quanto menos chatearmos os cornos a quem nunca nos chateou a nós, melhor estamos a cumprir a nossa missão neste mundo.

Não confundam isto com ignorar ou deixar de levar a alguém a sério. Tenho a certeza que já chatearam muitas vezes muitas pessoas. Eu também. Como tal, somos doutorados em chatice e inconveniência. E temos mais que obrigação em diferenciar este tipo de comportamentos de uma abordagem verdadeiramente humana.

Achar que podemos controlar o mundo que nos rodeia é uma mera ilusão. Está ao nível do Pai Natal, das aparições da Nossa Senhora de Fátima ou que se bebermos vinho tinto e comermos melancia, esta última se transforma em cortiça no nosso estômago. E é psicótico. O desejo de controlo e que tudo corra como nós queremos não é mais que medo disfarçado de ambição e organização. É na aceitação da imprevisibilidade que o campo de todas as possibilidades se abre. Se tudo corresse exactamente como prevíamos, para além de ser uma estupada de primeira, nunca experienciaríamos nada de novo e estimulante.

Claro que isto não deve ser confundido com o total desprezo pelo futuro, a ausência de objectivos ou o não desejar ardentemente que ainda no nosso tempo de vida o Benfica volte a erguer a taça da Liga dos Campeões. É apenas a aceitação das coisas como elas são com a atitude aplicada ao momento presente. E que seja lá aquilo que aí venha que o trataremos da melhor forma que soubermos. Seja bom ou seja mau. Não vale a pena preocuparmos, só vale a pena agirmos e responsabilizarmo-nos. Não sejamos positivos nem negativos, eufóricos ou deprimidos. Sejamos apenas verdadeiramente nós próprios.

Já imaginaram como será o dia em que vão ser internados num hospital psiquiátrico? Eu já. E vocês também deviam. É que estas coisas acontecem sempre quando menos se espera. Não pensem que é só aos outros. Há que estar prevenido.

Visto que considero tal cenário como um acontecimento inevitável, mais vale estar preparado para ele pois quero que seja um dia especial. Não é todos os dias que um grupo de enfermeiros nos serve de chofer. Oferecendo-nos, de forma mais ou menos convencional, a mais recente moda de pronto-a-vestir, nova estação, na forma de um elegante colete-de-forças.

Quero que seja um acontecimento único. Dêem-me a fama e o proveito. Não quero dar luta, quero dar espectáculo. De forma a que o pessoal médico se recorde deste dia de trabalho para sempre. Que anos após a reforma contem aos netos na noite de Consoada “Olha netinho, o mais maluco de todos os malucos que me calharam foi…” e segue a história, tendo-me a mim como protagonista.

Mas como o fazer? Como ser um marco nos anais da demência? Primeiro que tudo começo na caralhada. Eu sei que não é original mas o que seria de um internamento em psiquiatria sem um chorrilho de palavrões? Não serei o senil anestesiado a quem fazem tudo o que querem. E para provar isso qualquer vocábulo que saia da minha boca tem de ser profundamente ofensivo. Sem deixar ninguém de fora. Dos enfermeiros ao condutor da ambulância, dos médicos ao pessoal auxiliar, dos transeuntes aos meus amigos imaginários, todos levarão elogios e considerações do mais alto nível. Verbalizando a um nível ensurdecedor enquanto perdigotos dos mais variados tamanhos são projectados da minha boca.

Espicaçar o condutor da ambulância é outro dos meus objectivos. Começarei pelo “coninhas” passando pelo “corno manso” e só abrandarei o ritmo dos insultos quando aquele pobre coitado acelerar de tal maneira de raiva que nos despistemos. E aí irei rir a bandeiras despregadas. Enquanto o carro se despenha em chamas ravina a baixo… Eh pá assim também não pode ser. Assim morremos todos. Sou doido mas não sou parvo. Pronto, que se lixe o condutor. Deixo o homem descansado. Ao fim de contas ele vai a conduzir.

Em vez disso começo a dizer com um ar esgazeado que estou a ter visões sobre o futuro das pessoas que me levarem. Em que, seja em que contexto for, acabam sempre doentes, numa prisão a levar no cu de manhã à noite. Só para aprenderem a não se meterem comigo. Vão-se borrar de medo. Há quem amaldiçoe os outros mas isso está em desuso e já não assusta ninguém. Eu prefiro fazer previsões de sodomizações violentas. Isso sim, isso mete medo.

Bom, tenho que ir. Estão a tocar à porta e ambulância está lá em baixo à minha espera. Desejem-me sorte.

Que bonito. Sempre adorei esta expressão. Não sei porquê mas tem qualquer coisa de especial. Apela à imagem. Não a de um cu a partir cascalho. Até porque isso seria de artista. Não é qualquer um que consegue desbastar pedra recorrendo apenas aos músculos das nádegas. No entanto, se alguém conhece autor de tão fascinante façanha ou tenho conhecimento de tal acto por favor não me contacte nem envie vídeos ou imagens exemplificativas.

Quando me refiro que apela à imagem, estou a falar de quem possa declamar tal prosa. Sim, qualquer outro provérbio, frase batida ou expressão mais ou menos comum podem ser ditos por toda a gente. Agora isto não é qualquer um que o diz. Esse direito está reservado a velhas de buço e tasqueiros de abdómen desenvolvido. A quem não tem os dentes todos e pouco se importa com isso. A quem berra em vez de falar. É o grito de quem sente que está a ser enganado. De quem sabe que mais vale acabar a conversa porque dali já não se vai a lado nenhum. Gente que diz “Esses senhores da politica” e que acha que uma pessoa é mais que si mesmo apenas por ter um Dr. ou um Eng. antes do nome. Gente simples mas que de parva não tem nada. Apenas um aspecto menos polido. Mas que demonstra que é pessoa e que existe. Que não admite que o rebaixem. É um choro disfarçado de piada. De palavras pobres mas muito sentidas.

Vou mas é o caralho! Apanha um táxi ou vai a pé. Que raio de mania é esta de ir levar ou buscar pessoas ao aeroporto? O que é que tem o aeroporto diferente dos outros sítios? Se alguém nos pedir para levar a Algés ou aos Olivais a resposta é imediata. “Vai tu! Tens perninhas não tens? Então vai.”. No entanto, se o destino fosse o aeroporto sentíamo-nos obrigados a transportar essa pessoa. Fica mal recusar uma boleia nesta situação. Podem-se perder amizades por causa disto. É-se mal visto socialmente por não levar alguém ao aeroporto. Por outro lado, se levarmos alguém a Algés, a pedido, às cinco da manhã, ficamos conhecidos pura e simplesmente como o Otário.

A questão do horário é fundamental. As idas ao aeroporto são feitas nas horas mais impróprias. Ele é às cinco da manhã, é à hora do almoço quando no restaurante em frente ao nosso trabalho é dia de cozido, às sete da manhã num dia de Inverno. Quem pede boleia para o aeroporto deve pensar que os outros não têm vida própria. Ou pior, que são seus lacaios, ao bom estilo medieval.

Ninguém se lembra de apanhar um táxi? Isso não, nem pensar. Sai caro como tudo. Ainda por cima é acrescido das taxas de bagagem e de deslocação a casa. Fica um balúrdio. Muito bem, belo argumento. E a mim, quem é que me paga a gasolina, o desgaste do carro, os anos de vida que perco no trânsito e as horas de sono que tive de abandonar para me levantar a uma hora em que me devia era estar a deitar?

Outra. O estacionar. Como todos sabem o aeroporto não é propriamente o sítio mais fácil de estacionar. “Claro que é. Tem montes de parques.” dirão alguns. Claramente quem invoca este argumento nunca teve de arrotar com a tarifa de uma hora e meia de estacionamento num parque de um aeroporto. Deve ser o parque mais caro do mundo. Até me admira como é que não está no Guinness já que ligamos tanto a essa merda.

E o tempo que se perde. É uma vida primeiro que nos despachemos de tal frete. Se vamos buscar alguém são os atrasos. Nunca ninguém está despachado à hora que disse. Há sempre qualquer merda que atrasa tudo. Um passageiro que vinha doente, a validade dos documentos ou o irritante hábito de implicar por levarmos uma anã paraguaia na mala de viagem. Seja lá pelo que for, com todos os procedimentos envolvidos, ficamos com a sensação que é mais fácil um orangotango parir uma vaca que a pessoa que esperarmos saia daquela maldita porta.

Se vamos levar alguém temos de ficar lá à espera não vá a pessoa perder-se. Perder-se no sítio com mais indicações à face da terra. Ele é altifalantes, quadros de néon a piscar, pessoal técnico por todo o lado, balcões em cada esquina e placards electrónicos actualizados permanentemente. “Mas não é só isso, é para a pessoa não se sentir sozinha”. Estão a gozar comigo? Aquilo é um aeroporto, está lá montes de gente. Sozinho sinto-me eu, que não vou para as Seychelles e tenho que fazer a segunda circular toda e são sete da manhã. Vão-se foder todos e o aeroporto também.

Sábado passado estava a olhar para a televisão a seguir ao almoço. Só não regurgitei porque já estou habituado a passarem imagens chocantes e nojentas no ecrã à hora da refeição. A razão da minha agonia chama-se Alta Definição. O Só Visto da SIC. Um programa que consiste em elevar ao estatuto de seres divinos pessoas que a única coisa que têm a mais que qualquer um de nós é uma mascara de base na cara.

A razão porque me irritam tanto este tipo de formatos televisivos é porque eles são um espelho de nós próprios. Um monte de tretas e actores da nossa própria existência. E então quando nos pomos a fazer retrospectivas daquilo que pensamos que foi a nossa vida atingimos niveis de treta abismais.

Qualquer convidado que vai a um programa destes teve uma vida absolutamente extraordinária. Origens humildes, dificuldades imensas que apenas o fortaleceram, uma família e um grupo de amigos maravilhosos, uma força de vontade soberba e um talento precoce para as mais variadas áreas. Devido a tudo isto a conversa acaba por ser algo do género:

“A minha família? O meu foi uma pessoa fantástica, um carácter forte que sempre me fez compreender a importância do trabalho. A minha mãe tem um coração do tamanho do mundo, um ser adorável. A minha irmã é muito inteligente, está em Washington a tirar um pós-doutoramento em física-nuclear-quântica-avançada-técnica-térmica-evolutiva. Para além disso, é o meu anjo da guarda, alguém que sempre esteve ao meu lado e me aconselhou nos momentos mais sensíveis. O meu irmão ainda hoje é o meu melhor amigo, um companheiro para a vida. Trabalha em Oslo e coordena a Academia Nobel.”

Mas que grande treta. Eu gostava que um dia fosse lá alguém que tivesse um pingo de honestidade. E que retratasse a vida como realmente é. Qualquer coisa mais parecida com isto:

“A minha família? O meu pai foi uma besta. Um bêbado incorrigível, que nos batia pelo simples facto de estarmos a respirar. Passava o dia em tascas a malhar copos pois era a única coisa que sabia fazer. A minha mãe é uma besta. Uma trombuda de primeira que nunca me deu um carinho. Aliás, nunca me lembro dela alguma vez ter sorrido a não ser no dia em que sai de casa. A minha irmã é puta, uma vaca de primeira. Deve ter rodado a escola inteira antes de ter acabado o segundo período do sétimo ano. Aliás, acho que já antes de qualquer período já ela andava a malhar a torto e a direito. O meu irmão está bem. Está preso. Finalmente encontrou um lugar onde se sente bem e pode chamar casa.” Ai como era bonito ouvir alguém assim. Mas a verdade é tão pouco popular por estes lados.

Já imaginaram o que seria ter como carro de serviço uma ambulância? Deve ser espectacular. Só pode. Claro que não estou a falar no sentido tradicional. Ninguém aqui está interessado em levar doentes moribundos nem grávidas prestes a parir até qualquer hospital infestado de gripe A. Nada disso. O que seria deveras interessante, era, tendo à nossa total disposição todas as regalias do veículo em questão, poder conduzi-lo com total liberdade como se de uma emergência médica assim se tratasse. Visualizemos.

Oito da manhã, subúrbios de Lisboa. Objectivo: Lune. Nada disso. Bem mais difícil. A lua é para meninos. Chegar ao trabalho, no centro de Lisboa, com estacionamento à porta, num abrir e fechar d’olhos e sem passar pelo tormento do pára-arranca é que se apresenta como uma tarefa Herculeana. Como concretizar esta utopia? Entremos a bordo de uma ambulância.

Ainda nem saímos de casa e já as sirenes tocam desenfreadamente como se do fim do mundo assim se tratasse. Aceleração, sempre a fundo. Ai de quem não se desvie. Aquilo é luzes, é som é movimento. Parece uma peça do Lá Féria mas para homens. O transito abre-se à nossa frente melhor que o Mar Vermelho para Moisés. Nem sinais vermelhos nos fazem abrandar. Num instante chegamos ao destino. Só falta estacionar. Simples, é só chegar à porta e puxar o travão de mão. Mas alguém vai mandar rebocar uma ambulância?

Outra vantagem bastante obvia é a questão do álcool. A polícia nunca irá parar um veículo em urgência. Como tal, é perfeitamente plausível andar a conduzir completamente bêbado todo o dia, a toda a hora e a todo o momento. Mesmo que tenhamos uma distracção alguém há-de se desviar. Pudera, vamos em urgência.

E se algum acidente acontecer? Que se foda. O carro nem é nosso. Não se esqueçam que é de serviço. E os problemas que podem advir de termos danificado um bem da empresa? Mais uma vez…que se foda. Se alguma duvida surgir podemos sempre alegar que íamos em urgência. E era verdade. Já antes de darmos à chave íamos em urgência. Não é por acaso que estamos numa ambulância.

Se há comportamentos que considero profundamente obsessivos é a ideia de que temos de fazer certas coisas antes de morrermos. Ouve-se isso a toda a hora. “Não morro sem dar a volta ao mundo.”. “Tenho de saltar de pára-quedas antes de morrer.”. “Antes de morrer quero saber qual a sensação de agrafar os colhões à perna esquerda.”. Para quê? Nunca ninguém me entregou uma lista ou me disse que tinha uma série de tarefas obrigatórias para realizar enquanto estivesse vivo. Aliás, não sei como foi com vocês, mas a mim ninguém me disse pôrra nenhuma. Limitaram-se a mandar-me para a escola e a tirar o boné quando me sentava à mesa. Eu nasci sem livro de instruções ou folhetos informativos.

Para quê tanta urgência? Qual é o problema de bater a bota e ficarem montes de coisas por fazer e realizar? É que de certeza absoluta que isso vai acontecer. Mesmo que se vivesse uma eternidade e tivéssemos todos os recursos ao nosso alcance haveria sempre algo que ficaria pendente.

O que tiverem de fazer e, acima de tudo, quiserem mesmo fazer, tenho a certeza que o farão. Senão que mal é que vos pode acontecer? Acham que assim que esticarem o pernil vão ter alguém ao vosso lado, constantemente a chatear-vos os cornos, sempre a dizer que nunca mais vão ter a oportunidade de fazer isto ou aquilo ou qualquer outra coisa que tenham sonhado? Claro que não, para isso já bastou estar casado.

Sinceramente, ganhem juízo. Façam muitos e bons planos mas não se prendam a eles. Limitem-se a desfrutar do momento e apreciem a viagem.

É verdade. Pela segunda vez consecutiva afasto-me voluntariamente dos actos eleitorais. E assim espero continuar por muitos e bons anos. Até porque é importante não perder hábitos saudáveis. Não pensem que tomo esta atitude de forma leviana ou irreflectida. Muito antes pelo contrário. Estou mais convicto da minha abstenção do que qualquer deslocação que tenha feito a uma mesa de voto até hoje.

Sei que para quem conhece minimamente o meu passado esta reacção é totalmente inesperada. Eu era a primeira pessoa a insurgir-me contra a atitude que agora tomo. Indignava-me com aquilo que considerava ser uma total irresponsabilidade. Uma falta de respeito pela luta dos nossos antepassados. Um desprezo pelo futuro de todos nós e de si mesmo. Este acto representava para mim a recusa da cidadania e o abdicar da personalidade própria.

Então o que se passou? Quais as razões para uma mudança tão radical de opinião? Para que fique bem esclarecido, vou-me mais uma vez abster. Agora de comentários. E deixar que outro fale por mim. Uma atitude habitualmente irresponsável. Mas que se foda. Desta vez justifica-se. Se alguém já disse brilhantemente tudo aquilo que sentimos para quê papaguear? Não vamos perder tempos com merdas. Sem mais demoras. Minhas senhoras e meus senhores, George Carlin:



Nota: Reparem que faço uma afirmação pessoal e não um apelo. Cada um é livre de tomar a decisão que achar mais adequada. Quer seja domingo que vem ou em qualquer outro momento das vossas vidas. Para vos dizer o que fazer já há aí gente que chegue.

Não sei como é para vocês mas odeio estar doente. Estou farto desta merda. Que atrofio de semana. Tenho passado os dias em casa deitado a olhar para o tecto. Pareço uma puta vietnamita mas a única coisa que me fode são microrganismos e é nos olhos da cara. E ninguém me paga. Os vírus dão os piores clientes de um bordel. Entram sempre a más horas e fodem tudo o que lhes apetece sem pedir licença.

E fico-me por aqui para não esforçar os olhos. Que a quantidade de orgasmos que esta bicharada deixa por aqui deixa-me a visão turva e com o ardor típico do sémen viral.

Aquilo que vos trago hoje não é da minha autoria. Aliás, nem sem se isto terá algum autor ou autores creditados. Seja como for, infelizmente, não fui o criativo de tão brilhante obra. A lista que vos apresento abaixo apresenta cem factos relativos ao mítico “actor” Chuck Norris. A sua bravura e valentia no ecrã transformaram este homem num ser imortal. Para além do seu notável talento para a representação há uma serie de factos que muitos desconhecem. Como tal, achei importante aqui apresentá-los.

Nota: Se a linguagem vos parecer uma mistura de português do Brasil com português de Portugal é porque é mesmo. Este artigo vinha de outras paragens e limitei-me a fazer apenas algumas alterações. Se alguém acha que a lista é demasiado extensa aconselho-vos só a começar a ler. Vão ver que vos vai saber a pouco. Como podem comprovar pelo seguinte. Vocês sabiam que:

1 - As lágrimas do Chuck Norris curam o cancro. O problema é que ele é tão macho que não chora nunca. Nunca!

2 - Chuck Norris não dorme. Ele espera.

3 - Chuck Norris está actualmente processando a NBC. Ele alega que "Lei e Ordem" são os nomes patenteados para suas pernas ("Lei" a esquerda, "Ordem" a direita).

4 - Se você pode ver Chuck Norris, ele pode ver você. Se não pode ver Chuck Norris, você pode estar perto da morte.

5 - Chuck Norris contou até o infinito. Duas vezes.

6 - A última página do Guiness (livro dos recordes) diz em letras miúdas: "Todos os recordes do mundo pertencem a Chuck Norris. Nós apenas nos damos o trabalho de listar os segundos colocados em cada categoria."

7 - A Grande Muralha da China foi originalmente construída pra impedir a entrada de Chuck Norris naquele país. Ela falhou miseravelmente.

8 - Se você perguntar ao Chuck Norris que horas são, ele sempre dirá, "Dois segundos até..." Depois de você perguntar "Dois segundos até o quê?" ele dará um roundhouse kick na sua cara.

9 - Chuck Norris vendeu sua alma ao diabo para ter seu visual bacana e suas habilidades incomparáveis de artes marciais. Pouco tempo depois da transacção terminar, Chuck Norris deu um roundhouse kick na cara do diabo e pegou sua alma de volta. O diabo, que aprecia ironia, não conseguiu ficar bravo e admitiu que deveria ter previsto isso. Eles agora jogam poker todas as segundas quartas-feiras de cada mês.

10 - Chuck Norris uma vez comeu 72 kg de carne em uma hora. Ele passou os primeiros 45 minutos fazendo sexo com a empregada.

11 - Quando Chuck Norris recebe os impostos, ele manda de volta folhas brancas com uma foto dele agachado, pronto para atacar. Chuck Norris não teve que pagar impostos nunca. Nunca!

12 - Chuck Norris era um dos personagens originais do jogo "Street Fighter II". Ele só foi removido porque todos os botões faziam ele dar um roundhouse kick. Quando perguntaram sobre essa falha do jogo, Chuck Norris respondeu: "Que falha do jogo?"

13 - Chuck Norris tem duas velocidades: Andar e Matar.

14 - Uma vez Chuck Norris comeu um bolo inteiro antes que seus amigos pudessem lhe contar que havia uma stripper dentro.

15 - Wilt Chamberlein declarou já ter dormido com mais de 20.000 mulheres em toda sua vida. Chuck Norris chama isso de uma "terça-feira monótona".

16 - Quando Deus disse "Que se faça a luz!", Chuck Norris falou "Diga 'por favor'."

17 - Uma vez Chuck Norris desceu a rua com uma erecção massiva. Não houve sobreviventes.

18 - Chuck Norris não lê livros, ele os encara até conseguir toda a informação que precisa.

19 - Chuck Norris jogou roleta russa com um revólver totalmente carregado e ganhou.

20 - Chuck Norris não tem um forno ou microondas, pois, como todo mundo sabe, "a vingança é um prato que se come frio."

21 - Chuck Norris pediu um Big Mac no Burger king. Ele foi atendido.

22 - Algumas pessoas usam uniforme do Superman. Já o Superman usa uniforme de Chuck Norris.

23 - Não existe queixo por trás da barba de Chuck Norris, apenas outro punho.

24 - Chuck Norris só passa as noites com a luz acesa. Não, Chuck Norris não tem medo do escuro, mas a recíproca não é verdadeira.

25 - Certa vez Chuck Norris deu um roundhouse kick tão rápido que quebrou a velocidade da luz, voltou no tempo e atingiu um navio chamado Titanic.

26 - Uma vez Chuck Norris desafiou o ciclista Lance Armstrong para ver quem tinha mais testículos. Chuck Norris ganhou por 5.

27 - Armas não matam. O que mata é Chuck Norris

28 - Chuck Norris uma vez tomou um frasco inteiro de comprimidos para dormir. Elas fizeram ele piscar.

29 - Chuck Norris é a razão por que o Wally (do livro "Onde está Wally?") se esconde.

30 - Chuck Norris pode dividir por zero.

31 - Hiroshima e Nagasaki nunca viram uma bomba atómica. Chuck Norris comeu um sushi estragado e deu um arroto por lá. Foi só isso.

32 - Cientistas estimaram que a explosão de uma galáxia libera energia equivalente a 1 CNRhK (ou seja, um Chuck Norris's Roundhouse Kick).

33 - Chuck Norris pode tocar no MC Hammer (autor da música "U Can´t Touch This").

34 - Quando Chuck Norris faz flexões, ele não levanta o próprio peso. Ele empurra o planeta.

35 - Chuck Norris venceu o Campeonato Mundial de Poker com um dois de paus e uma carta "Saída Livre da Prisão" do Banco Imobiliário.

36 - Deus precisava de 10 dias para construir o mundo. Chuck Norris deu a ele 6 e olhe lá.

37 - Ozzy Osbourne morde cabeças de morcegos. Chuck Norris morde cabeças de Ozzy Osbournes.

38 - O título original para Star Wars era "Skywalker: Texas Ranger", estrelando Chuck Norris.

39 - Chuck Norris recusou o papel porque se ele usasse "a força", Darth Vader falaria fino para o resto da vida.

40 - Chuck Norris não tem casa. Ele escolhe uma casa e seus moradores se mudam.

41 - Os dinossauros olharam torto para Chuck Norris uma vez. Uma vez.

42 - Quando o Papão vai dormir, ele deixa a luz acesa com medo de Chuck Norris.

43 - Se você errar algum dia, obviamente você não é Chuck Norris.

44 - Se Chuck Norris se atrasar, é melhor o tempo andar mais devagar.

45 - Chuck Norris perdeu a virgindade antes do pai.

46 - Antes de se esquecer de um presente para Chuck Norris, o Pai Natal existia.

47 - Uma imagem vale mais que mil palavras. Chuck Norris vale mais que um milhão de imagens.

48 - Chuck Norris não compra manteiga. Ele dá roundhouse kicks nas vacas e elas viram manteiga.

49 - Quando urina, Chuck Norris pode facilmente perfurar titânio.

50 - Chuck Norris não faz a barba, ele dá um roundhouse kick na própria cara. Afinal, a única coisa que pode cortar Chuck Norris é... Chuck Norris.

51 - As Tartarugas Ninja são baseadas numa história real. Uma vez Chuck Norris estava mascando um casco de tartaruga (ele adora!) e, quando foi ao banheiro, fez uma tartaruga falante de 1,80m que sabia karate.

52 - Chuck Norris inventou a cesariana quando deu um roundhouse kick para sair da barriga de sua mãe.

53 - Para algumas pessoas, o testículo esquerdo é maior que o direito. Para Chuck Norris, cada testículo é maior que o outro.

54 - Ao responder as questões de uma prova, escreva sempre "Chuck Norris". Você vai sempre tirar nota 20.

55 - Chuck Norris inventou o preto. Na verdade, ele inventou todas as cores conhecidas. Excepto o rosa. Tom Cruise inventou essa.

56 - Chuck Norris tem 12 luas. Uma deles se chama Terra.

57 - Chuck Norris não tem cafeteira. Ele mói café com os dentes e ferve a água com sua fúria.

58 - Se você procurar no Google por "Chuck Norris levando muita porrada", não encontrará nenhum documento correspondente. É claro. Isso nunca aconteceu.

59 - Chuck Norris leva vinte minutos para passar uma hora.

60 - O Triângulo das Bermudas era um quadrado até Chuck Norris dar um roundhouse kick em um dos cantos.

61 - A filha do Chuck Norris perdeu a virgindade. Ele recuperou-a.

62 - Se "O Exterminador Implacável" fosse com Chuck Norris, ele seria um documentário.

63 - Uma vez um urso atravessou o caminho de Chuck Norris. O trauma foi tão grande que o animal fugiu para o Árctico e ficou cheio de cabelos brancos. Surgiu então o urso-polar.

64 - Quando bate palmas, Chuck Norris pode transformar carvão em diamantes. E vice-versa.

65 - Chuck Norris inventou o sexo, as drogas e o rock n' roll. Nessa ordem.

66 - A maioria das pessoas tem 23 pares de cromossomas. Chuck Norris tem 72. Todos venenosos.

67 - Não existiam mesmo armas de destruição em massa no Iraque. Chuck Norris mora em Oklahoma.

68 - Um estudo revelou que as três maiores causas de morte nos Estados Unidos são: enfartes, cancro e Chuck Norris. Não necessariamente nessa ordem.

69 - Chuck Norris recentemente teve a ideia de vender sua urina enlatada. Chama-se "Red Bull".

70 - 98% das mulheres americanas perderam sua virgindade com Chuck Norris. 2% das mulheres americanas são da família Norris.

71 - O nome original da Bíblia era "Chuck Norris and Friends".

72 - Chuck Norris inventou a internet. Tudo para guardar seu acervo pornográfico.

73 - Quando Bruce Banner fica irado, ele se transforma no Hulk. Quando o Hulk fica irado, ele se transforma em Chuck Norris.

74 - O título original de "Alien vs. Predador" era "Alien e Predador vs. Chuck Norris". O filme foi cancelado porque ninguém pagaria para ver um filme de 14 segundos.

75 - Chuck Norris não usa relógio. Ele decide que horas são.

76 - 70% do corpo humano é água. 70% do corpo de Chuck Norris é seu pénis.

77 - Papel vence pedra, pedra vence tesoura e tesoura vence papel. Chuck Norris vence os três. Ao mesmo tempo.

78 - Chuck Norris entrou para o Clube de Combate. O Clube perdeu.

79 - Quando Chuck Norris joga War, George Bush esconde-se debaixo da cama.

80 - Chuck Norris dorme (digo... espera) com um travesseiro debaixo da arma.

81 - Godzilla é a versão japonesa da primeira visita de Chuck Norris ao Japão.

82 - Quando Arnold Schwarzenegger disse "I'll be back", foi para pedir ajuda a Chuck Norris.

83 - Chuck Norris não segue tendências. As tendências seguem Chuck Norris. Aí então, as tendências acabam. Afinal, ninguém segue Chuck Norris impunemente.

84 - Chuck Norris não usa sal de frutas. Ele usa antraz.

85 - Chuck Norris nunca vai morrer de ataque cardíaco. Seu coração não é tolo o bastante para "atacar" Chuck Norris.

86 - Chuck Norris sabe qual é o último algarismo do pi.

87 - Quando Chuck Norris quer comer um ovo, ele quebra a galinha.

88 - Depois dos Tsunamis, Chuck Norris prometeu que não vai mais lavar suas havaianas no mar.

89 - No primeiro "Parque Jurássico" o Tiranossauro Rex não estava a perseguir o jipe. Chuck Norris estava perseguindo o Tiranossauro. E o jipe.

90 - No antigo oriente existia a lenda de que numa noite de lua cheia, uma criança nasceria de um dragão, se alimentaria das chamas sagradas, se transformaria em um bravo guerreiro e livraria a Terra de todo o mal. Esse homem não é Chuck Norris porque Chuck Norris matou esse homem.

91 - Tudo que Midas tocava virava ouro. Tudo que Chuck Norris toca vira adubo. Incluindo Midas.

92 - O pulso de Chuck Norris é medido na Escala Richter.

93 - Uma vez Chuck Norris mijou num isqueiro. Nascia o lança-chamas.

94 - Em "O Voo do Dragão", Bruce Lee dá uma surra em Chuck Norris. Quando desligaram as câmaras, Chuck Norris matou Bruce Lee. Chuck Norris detesta ficção.

95 - Chuck Norris não tem sangue. Ele tem magma.

96 - Mistério na ilha de "Lost"? Chuck Norris.

97 - Chuck Norris só come duas coisas no café da manhã: Steven Segal e Vin Diesel.

98 - Chuck Norris não poderia participar do "Big Brother". Ele eliminaria todos os participantes ainda no hotel.

100 - Chuck Norris quis que a 100ª "verdade indubitável" sobre ele viesse depois da 98ª.