
Como é obvio falar do Casablanca e não falar de amor seria como falar num filme do Chuck Norris e não referir valentes cargas de porrada. Aqui estamos perante um amor eterno, que apesar de todas as contrariedades da vida se mantém vivo. Mesmo que eles não estejam ou fiquem juntos. Mesmo nesses momentos, Rick lembra a Ilsa que “Teremos sempre Paris”. Uma alusão ao momento em que se conheceram e se apaixonaram. Uma recordação sempre presente onde Rick se lembra vivamente de todos os pormenores “Os alemães vinham de cinzento, tu vestias de azul.”.
A memorável despedida deles. Em que em benefício do futuro de cada um, Rick vê partir o amor da sua vida e ainda por cima com outro gajo. Que dia fodido, terá pensado ele. Mas um homem tem de fazer o que um homem tem de fazer. O mais altruísta de todos os gestos é tomado. Ele arrisca a sua vida para a salvar. Até mata o alemão e tudo. E olhem que isso podia-lhe ter dado cabo da vida. Se não fosse o capitão Renault estava bem desgraçadinho estava.
Deixei para o fim a minha cena favorita de todo o filme. Aquela em que Rick afoga as mágoas após ter voltado a ver e falar com Ilsa. Ali, no escuro do seu bar, acompanhado apenas por Sam, uma garrafa e uma cadela do tamanho de um São Bernardo. Enquanto afoga as mágoas, tem um frase memorável. "Of all the gin joints in all the towns in all the world, she walks into mine.". Como um fantasma que o persegue eternamente também Ilsa volta a cair no seu caminho.
Será que isso existe mesmo? Amores que são eternos? Que por muitas voltas que a vida dê nunca nos esquecemos de uma certa pessoa? Que sempre que a voltamos a encontrar que o mundo pára e algo de mágico e inexplicável acontece? Deixo a resposta nas vossas mãos e acima de tudo no segredo dos vossos corações.
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