Decerto que muitos vocês já viram imagens ou vídeos de pessoas a andarem sobre brasas. É um acto que aparenta ser sobrenatural. Muitos atribuem tal feito a uma profunda convicção, ao poder da mente ou a crenças religiosas. Curiosamente a explicação é bem mais simples e científica. É a mesma coisa quando temos um bolo no forno e nos queimamos ao mínimo toque na forma e apenas sentimos um calor intenso se tocarmos na massa. Tem a ver com a condutividade dos materiais ao calor. Pura e simplesmente física.

Logo, qualquer pessoa, independentemente de ter feito doze horas de meditação transcendental ou acreditar piamente num qualquer Deus de aspecto mais ou menos duvidoso ou em padres franciscanos com maus cortes de cabelo compensados por uma imponente auréola, pode andar sobre brasas que não se queima.

Desde que seja relativamente rápido, é evidente. Se alguém se lembrar de ir para um braseiro dormir a sesta só porque é Janeiro e ali está bem mais quentinho o mais provável é que fique todo fodido. E é bem feito. Que é para não se armar em parvo e por acreditar literalmente em tudo aquilo que os outros lhe dizem.

Aí bem que pode rezar aos santinhos todos ou saber de cor todas as teorias cientificas sobre termodinâmica. Quando puxar um monte de brasas a servir de almofada para encostar a cabecinha e sentir dores que nem as de parto, então aí vai perceber uma coisa. Nunca devemos ser fundamentalistas de nada. E antes de tomarmos qualquer decisão, apesar de todos os concelhos que possamos ter ouvido, faz sempre bem usarmos a nossa cabeça. Não para sofrer queimaduras de terceiro grau mas para pensar por nós próprios.

Comments (2)

On 21 de novembro de 2009 às 22:08 , Sandra disse...

Obrigada pelo comentário no meu blogue.
Fica o convite para o visitares novamente. Mudei de ideias.
:)

 
On 22 de novembro de 2009 às 23:56 , David Dias disse...

Óptimo. Ainda bem.