Detestei aquilo e não fui o único. Para quem acha que é um espectáculo ver uma cambada de gente a dar com um chicote nas suas próprias costas enquanto estas escorrem sangue e ver tipos a serem pregados numa cruz com cavilhas de vinte centímetros, digo-vos já que não vale o dinheiro. Eu sei que parece muito divertido mas estando lá digo-vos que é um bocado deprimente.
Voltámos rapidamente para Manila. Rapidamente que é como quem diz. O trânsito é caótico, e nesta altura nem é só na capital. Devido às celebrações cristãs, o país é inundado de turistas vindos dos quatro cantos do mundo e demora-se uma vida para fazer qualquer caminho. Daí, é fácil concluir que a viagem, de trezentos penosos quilómetros à volta, foi tudo menos agradável. Num autocarro sobrelotado e sem ar condicionado chegamos desfeitos. Mas valia termo-nos juntado à procissão a dar chibatadas às costas que teria sido bem menos penoso.
Devido ao desânimo geral perguntei a todos: “Querem mesmo conhecer Manila, no seu melhor, longe de todos os locais feitos só para turistas?”. Como a resposta foi unânime, fomos todos para a cama pois o dia seguinte seria em grande.
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