Uma tradição que não desapareceu no Sudeste Asiático, e que vale realmente a pena, são os salões de ópio. Bem mais agradável que procissões sadomasoquistas, estes locais oferecem uma hospitalidade única. Basicamente são o equivalente às coffee-shops em Amesterdão mas para rijos. Quem é menino sempre pode ir fumar ganzas para o confortável e seguro norte da Europa. Agora se procuram emoções fortes não há nada como estar deitado num sofá imundo habituado por toda a espécie de insectos e parasitas conhecidos nos livros de biologia. Enquanto um borrão arde ao nosso lado e o fumo começa a entranhar os nossos pulmões.

Chegamos cedo pela manhã. Passado um bocado aquele antro imundo mais nos parece os serões em casa da avó. É que há algo de profundamente relaxante nos opiáceos. Assim que os primeiros aromas de heroína nos entram na alma sentimo-nos a levitar. O corpo adormece e a alma acompanha-o. Perdemos a vontade para tudo e assim desejamos ficar.



Mas isto não é só boa vida e miminhos. Está bem que estamos de férias mas isto não é só ficar de papo para o ar com uma broa descomunal. Sendo assim, e aguardando um pouco para nos recompormos, fomos jantar. Já eram nove da noite e a fome apertava. Uma reconfortante refeição e claramente o estado de espírito era outro. É assim a prova que nunca nos devemos guiar exclusivamente pelos guias turísticos. Há muito mais para descobrir do que aquilo que é evidente.

Comments (1)

On 29 de abril de 2009 às 20:41 , Anónimo disse...

É preciso ter coragem para contar isso...