Chegamos cedo pela manhã. Passado um bocado aquele antro imundo mais nos parece os serões em casa da avó. É que há algo de profundamente relaxante nos opiáceos. Assim que os primeiros aromas de heroína nos entram na alma sentimo-nos a levitar. O corpo adormece e a alma acompanha-o. Perdemos a vontade para tudo e assim desejamos ficar.
Mas isto não é só boa vida e miminhos. Está bem que estamos de férias mas isto não é só ficar de papo para o ar com uma broa descomunal. Sendo assim, e aguardando um pouco para nos recompormos, fomos jantar. Já eram nove da noite e a fome apertava. Uma reconfortante refeição e claramente o estado de espírito era outro. É assim a prova que nunca nos devemos guiar exclusivamente pelos guias turísticos. Há muito mais para descobrir do que aquilo que é evidente.
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É preciso ter coragem para contar isso...