Achar que podemos controlar o mundo que nos rodeia é uma mera ilusão. Está ao nível do Pai Natal, das aparições da Nossa Senhora de Fátima ou que se bebermos vinho tinto e comermos melancia, esta última se transforma em cortiça no nosso estômago. E é psicótico. O desejo de controlo e que tudo corra como nós queremos não é mais que medo disfarçado de ambição e organização. É na aceitação da imprevisibilidade que o campo de todas as possibilidades se abre. Se tudo corresse exactamente como prevíamos, para além de ser uma estupada de primeira, nunca experienciaríamos nada de novo e estimulante.

Claro que isto não deve ser confundido com o total desprezo pelo futuro, a ausência de objectivos ou o não desejar ardentemente que ainda no nosso tempo de vida o Benfica volte a erguer a taça da Liga dos Campeões. É apenas a aceitação das coisas como elas são com a atitude aplicada ao momento presente. E que seja lá aquilo que aí venha que o trataremos da melhor forma que soubermos. Seja bom ou seja mau. Não vale a pena preocuparmos, só vale a pena agirmos e responsabilizarmo-nos. Não sejamos positivos nem negativos, eufóricos ou deprimidos. Sejamos apenas verdadeiramente nós próprios.

Comments (1)

On 30 de outubro de 2009 às 10:42 , Piri disse...

Mais nada. Lutar pelo que se quer, sem esperar nada da vida. Basta aproveitar o que ela nos dá...
Abr